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Lula pede que ONU assuma custos das forças de segurança no Haiti

Placeholder - loading - Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante cúpula entre o Brasil e países caribenhos, em Brasília 13/06/2025 REUTERS/Adriano Machado
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante cúpula entre o Brasil e países caribenhos, em Brasília 13/06/2025 REUTERS/Adriano Machado

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BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu nesta sexta-feira que a Organização das Nações Unidas (ONU) assuma o financiamento da força multinacional de segurança no Haiti ou a transforme em uma missão de paz, em meio à crise que o país caribenho enfrenta há anos, e prometeu ajuda do Brasil para organizar as eleições haitianas.

'É preciso que a comunidade internacional se engaje em prol de um plano nacional de desenvolvimento do país', disse Lula na abertura de cúpula entre o Brasil e países caribenhos, em Brasília.

'Estabilizar a situação de segurança é fundamental para que se possa dar o próximo o do processo político e realizar eleições presidenciais. Estamos à disposição para cooperar na organização do pleito. O Brasil apoia que a ONU assuma parte do financiamento da missão multinacional de segurança ou a converta em uma operação de paz', continuou.

O Haiti é comandado por um conselho de transição desde abril de 2024, quando o então primeiro-ministro, Ariel Henry, renunciou. Ele havia assumido o cargo em 2021, depois que o então presidente, Jovenel Moise, foi assassinado.

O país mergulhou em uma onda de violência desde então, agravando a situação de crise humanitária que se mantém desde o catastrófico terremoto de 2010 -- que deixou mais de 100 mil mortos -- com gangues dominando as cidades e portos e aeroportos fechados.

O Brasil chefiou uma missão de paz no Haiti por 13 anos, até 2017, quando a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah) foi encerrada. O país foi instado a assumir novamente uma força de segurança no Haiti, mas recusou, oferecendo apoio técnico. Uma Missão Multinacional de Apoio à Segurança (MSS) foi aprovada pela ONU em 2023, liderada pelo Quênia, mas tem em campo apenas cerca de 900 homens.

Lula anunciou ainda que o Haiti será um dos países selecionados para receber os primeiros projetos da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que organizará um projeto de transferência de renda no país. O projeto terá recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que fará uma doação ao país.

De acordo com o banco, serão US$283 milhões a serem investidos em programas de transferência de renda, alimentação escolar, infraestrutura, entre outros. De acordo com o presidente do BID, Ilan Goldfajn, o banco trabalha com um grupo de ONGs e instituições das Nações Unidas para operacionalizar as ações.

'Não estamos esperando as condições perfeitas, porque temos aqui o país mais carente da região', disse Goldfajn, ao comentar que não era possível aguardar por uma solução para as questões de segurança antes de agir.

(Reportagem de Lisandra Paraguassu)

Escrito por Reuters

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